Estudantes da Escola Santo Antônio da Cachoeira visitam Centro de Pesquisa em Arqueologia e História Timbira, da UEMASUL

quarta, 09 de abril de 2025 44 visualizações
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Os estudantes da Escola Municipal Santo Antônio da Cachoeira de Itaguatins (TO) visitaram nesta terça-feira (8) o Centro de Pesquisa em Arqueologia e História Timbira (CPAHT), da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), em Imperatriz-MA. Evento foi em alusão ao “Abril Indígena”, a cultura e a resistência dos povos originários.

 

Participaram da visita técnica os estudantes das turmas 7º 1 ano e 8º ano 1 turno matutino, orientados pelo professor historiador Naudo Barbosa, acompanhado pela coordenadora pedagógica do 6º e 9º ano Eliene Morais e pelas professoras Joaquina  Saraiva e Edineia Rocha.

 

O professor historiador Naudo Barbosa assinalou que “a sociedade indígena foi uma das matrizes da formação da sociedade brasileira. No entanto, a sociedade ocidental não leva isso em consideração. O currículo escolar e os materiais didáticos invisibilizam-os enquanto diversidade cultural e linguística. Por este motivo, se torna muito necessário que os indígenas preencham os espaços de poder e decisão, de serem protagonista de suas próprias histórias e culturas. É importante ressaltar também nossas lutas pelos direitos básicos: educação, saúde, moradia e território”.

 

 Durante décadas a sociedade celebrou o "Dia do Índio" de forma genérica, principalmente nos espaços escolares, desconsiderando a diversidade das mais de 300 etnias que vivem no Brasil. A pluralidade da cultura dos povos tradicionais tem promovido, ao longo dos anos, importantes mudanças na sociedade. Uma delas é a celebração do "Dia dos Povos Indígenas", comemorado no dia 19 de abril, e que passou a substituir o "Dia do Índio" após a aprovação da Lei nº 14.402/2022, que busca romper estereótipos e promover reflexões sobre a história desses povos que foram, por anos, silenciados. Aprofundar a cultura indígena, conhecer suas histórias, resgatar memórias e destacar suas peculiaridades são essenciais para desconstruir a visão colonizadora que ainda são propagadas sobre os povos originários, não só pelos estereótipos, mas também pelos mais variados tipos de violências legitimadas.

 

O estudante Pedro Lucas Santos, do 8º ano 1 enfatizou que, “é importante que as crianças e adolescentes descubram que, afinal não existe uma única forma de viver, sentir, comer e falar e que grande parte dos nossos hábitos de hoje são herança da cultura indígena a qual é parte integrante de nossas raízes”.  

 

“Em contato com o universo indígena daremos também um importante passo para nos afastarmos de preconceitos em relação àqueles que nos parecem diferentes além de proporcionar aos alunos a oportunidade de enxergar melhor as características da nossa própria cultura”, disse.

 

O professor Naudo Barbosa pontuou que, “a iniciativa proporcionou aos estudantes um valioso contato com a história e a cultura local, enriquecendo significativamente o conhecimento étnico racial dos estudantes e proporcionando uma vasta e rica visão sobre nossas raízes e um novo olhar sobre os povos originários”.

 

O CPAHT é um espaço destinado à pesquisa e preservação da cultura material e imaterial da Região Sul Maranhense. Fruto de estudos e pesquisas, consolidados pelo Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas (NEAI), da UEMASUL, o museu tem o objetivo de incentivar e apoiar a produção e a difusão de conhecimentos nas áreas de Etnologia, Arqueologia, Educação Patrimonial e Cultura Popular.

 

O Centro de Pesquisa em Arqueologia e História Timbira (CPAHT) homenageia populações que dominaram a extensa área do Cerrado Maranhense que física, linguística e culturalmente são caracterizados como da família Jê, e agrupam os povos Apanyekrá, Apinayé, Canela, Gavião, Parkatejê, Krahô, Krikati e Gavião Pykopjê, o povo do grupo linguístico Tupi, (Guajajara – Tenetehara, Awá-Guajá e os Ka`apor). A exposição é composta de acervo arqueológico proveniente de pesquisas realizadas na região de Imperatriz, dispondo também de acervo etnológico, com materiais de uso cotidiano e ritualístico representativos dos povos Timbira, que nos remetem à nossa herança cultural, memória e identidade.

 

O museu fica localizado ao lado do prédio da UEMASUL, em Imperatriz. Funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

 

 

 

 

 

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